segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dia da Consciência Negra - Escola João Prudêncio

Muito carimbó
                                                  Carimbó ao comando da Profª. Mikélia

Alunos voaram alto na capoeira


Dia da Consciência Negra - Escola João Prudêncio

Diversas apresentações



Desfile da Beleza Negra


Dia da Consciência Negra


Escola João Prudêncio comemoração do Dia da Consciência Negra, Professor Evandro e Professora Mikelia.

I Mostra de Experimentos Científicos







I Mostra de Experimentos Científicos






I Mostra de Experimentos Científicos






I Mostra de Experimentos Científicos




quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Última Hora: Aprovado projeto que regulamenta profissão de historiador

 

Aprovado projeto que regulamenta profissão de historiador
Aprovação deixa projeto muito próximo de uma realidade concreta. Entenda a situação.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (7) projeto que regulamenta a profissão de historiador. O PLS 368/09, do senador Paulo Paim (PT-RS), estabelece que o exercício é privativo dos diplomados em cursos de graduação, mestrado ou doutorado em História. Os historiadores poderão atuar como professores de História nos ensinos básico e superior; em planejamento, organização, implantação e direção de serviços de pesquisa histórica; e no assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos para fins de preservação.
Aprovado nas comissões de Assuntos Sociais (CAS); de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ); e de Educação, Cultura e Esporte (CE),  o projeto recebeu emenda, em Plenário, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) que retirou do texto original a referência aos locais onde o trabalho do historiador poderia ser desempenhado.

Discussão
Assim como Pedro Taques (PDT-MT), o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) votou contra o projeto. Ele considerou "um profundo equívoco" dar exclusividade em atividades de ensino e pesquisa, seja em graduação ou pós-graduação, apenas para quem tem formação em História. Na opinião do parlamentar, a situação cria "absurdos" como impedir que economistas, sociólogos, diplomatas ou outros profissionais qualificados ministrem a disciplina, havendo o risco de "engessar" o ensino da História.
– [A História] É a investigação sobre a evolução das sociedades humanas que tem que ser vista sob os mais diferentes prismas. História é política. História é vida. História é pluralismo. Não pode ser objeto de um carimbo profissional – argumentou.
Aloysio Nunes ainda condenou o que chamou de "reserva de mercado" dos profissionais com curso superior em História e a formação de uma "República Corporativa do Brasil", onde cada profissão exige "seu nicho de atividade exclusiva em prejuízo da universalidade do conhecimento".
Capacitação
Já a senadora Ana Amélia (PP-RS) defendeu o projeto ao ler relatório do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), aprovado na CCJ, em que este declara que "a omissão do legislador pode permitir que pessoas inabilitadas no exercício profissional coloque em risco valores, objetos ou pessoas."
O texto ressalta ainda a relevância do papel do historiador na sociedade, com "impactos culturais e educativos" capazes de ensejar "a presença de normas regulamentadoras" da profissão. E conclui que não pode permitir que o campo de atividade desses profissionais seja ocupado por pessoas de outras áreas, muitas delas regulamentadas, mas sem a capacitação necessária para exercer o trabalho.
A matéria segue agora para votação na Câmara dos Deputados.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Formação Continuada 07-11


                                          PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS

                   SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED

                    DIRETORIA TÉCNICA PEDAGÓGICA

                   DIVISÃO DE ENSINO DE 3º E 4º CICLOS

                   COORDENAÇÃO TÉCNICA PEDAGÓGICA DE HISTÓRIA

 

PAUTA DE FORMAÇÃO

 

 

Data: 07 de novembro de 2012

Horário: 07h30min às 10h30

Local: CEUP.

Duração: 03h00min.

Público: Professores de História da rede municipal de ensino.

Formador: Coordenador Técnico Pedagógico de História da Divisão de Ensino de 3º e 4º ciclos.

 

Tema: “Educação com Qualidade Social”.

 

OBJETIVOS DE FORMAÇÃO:

  • Colocar em discussão a importância da leitura, ampliando o repertório literário a partir de bons textos;
  • Colocar em discussão o encerramento do ano letivo e o conselho de promoção;
  • Realizar a culminância dos estudos dos procedimentos de leitura e escrita;
  • Fazer um momento de confraternização e motivação do grupo.

 

 

 

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

  • Reconhecer a importância da leitura como instrumento de ampliação do conhecimento;
  • Enfatizar que a aprendizagem dos alunos (as) é o principal objetivo do ensino e que devemos avaliar com bastante cuidado a aprovação ou retenção dos alunos;
  • Apresentação de alguns modelos de aulas com a utilização dos diferentes gêneros de texto e de linguagem no ensino de História;
  • Motivar o grupo, conscientizando-o à importância do fechamento do ano letivo e todas as suas peculiaridades.

 

 

 

CONTEÚDOS:

  • Gestão pedagógica com foco na importância da leitura como instrumento de aprendizagem;
  • Gestão pedagógica com foco no encerramento do ano letivo;

 

 

MATERIAIS:

·         Texto e vídeo da música: “Anjos da Guarda” (Leci Brandão);

·         Resolução 18 de Dezembro de 2010;

·         Vídeos Motivacionais: A Era do Gelo e Gladiador;

·         Certificados de participação da Formação Continuada;

  • Lista de frequência;
  • Datashow, notebook, caixas amplificadas e suplementos periféricos.

 

 

DESENVOLVIMENTO:

 

1ª Atividade:

- Boas vindas, apresentação dos objetivos da pauta e leitura do roteiro.

 

 

2ª Atividade:

- Leitura da letra da música e apresentação do vídeo: “Anjos da Guarda” (Leci Brandão);

Nota: Este vídeo é uma homenagem aos professores (as) pela passagem do Dia Nacional dos Professores. Em seguida, colocaremos em discussão a letra da música.

 

 

3ª Atividade:

- Colocar em discussão o encerramento do ano letivo e o conselho de promoção;

 

Nota: Ler a Resolução 18 de Dezembro de 2010. Refletir com os professores sobre: Pré-Conselho, Conselho de Promoção, Recuperação Final, Progressão 1º Anos (3º e 4º ciclos) e Reprovação 2º Anos (3º e 4º ciclos). De que forma será feita a retomada dos conteúdos em déficit de aprendizagem?

 

Nota: Neste Momento exibir o vídeo: A Era do Gelo.

 

 

4ª Atividade:

- Realizar a culminância dos estudos dos procedimentos de leitura e escrita;

 

Grupos:

01- Gênero: Fotografia

Escolas: Novo Horizonte, Olga da Silva e Chico Mendes.

Professoras: Angela Mota, Michele Keila, Patricia Moura e Carla Cristina.

02 - Gênero: Charge e Caricatura

Escolas: Paulo Fonteles, Jozias Leão e Faruk Salmen.

Professoras: Luzifrança, Ilza, Francilene, Sônia, Rosely e Mayara.

03- Gênero: Obra de arte

Escolas: Antônio Matos, Cecilia Meireles, Benedicto Monteiro, Novo Horizonte e Eunice Moreira.

Professoras (es): Nildete, Rosirete, Jucilene, Lígia e Raimundo Alves.

04- Gênero: Tabelas e Gráficos

Escolas: Terezinha de Jesus e Carlos Drummond de Andrade.

Professoras: Pâmella Sá, Francilene Dias, Antonio Torres e Valéria Morais.

05- Gênero: Imagem

Escolas: Sandra Maria, Elisaldo Ribeiro, Antonio Matos, Chico Mendes, Cecilia Meireles, Jean Piaget, Domingos Cardoso, Primavera e João Prudêncio.

Professores: Laodiléia, Elisamar, Edivan, Maria Lúcia, Ecir, Sandro, Gilberto, Odair e Mikelia.

 

 

5º Atividade:

- Exibição do vídeo motivacional: Gladiador.

 

Nota: Antes da exibição, fazer uma retomada do quadro de expectativas feito no inicio do ano pela equipe. Depois deste momento, entregar os certificados e fazer os devidos registros.

 

 

6ª Atividade:

Avaliação geral das Formações 2012, agradecimentos e Confraternização.

 

Questionamentos: Diante das discussões que tivemos qual foi o propósito desta Formação? Que conteúdos foram trabalhados? Os objetivos foram alcançados? Vai contribuir para sua prática em sala de aula?

 

à Agradecer aos Professores pela participação, compromisso e dedicação.

 

 

ENCAMINHAMENTOS:

1-    Avaliar os alunos com profissionalismo e responsabilidade, levando em consideração as aprendizagens pertinentes ao ano seguinte;

2-    A recuperação final deve ser para retomada das aprendizagens dos conteúdos defasados;

3-    Desenvolver atividades que contribuam de fato com a aprendizagem dos alunos no processo avaliativo;

 

 

INFORMES:

1- A coordenação técnica pedagógica de História estará disponível para qualquer dúvida até o dia 21 de dezembro de 2012.

 

Entrega dos Certificados de Participação nas Formações Continuadas 2012


Apresentação das equipes



HOMENAGEM AS PROFESSORAS (ES)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

FORMAÇÃO CONTINUADA 03-10-2012


                                          PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS
                   SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED
                    DIRETORIA TÉCNICA PEDAGÓGICA
                   DIVISÃO DE ENSINO DE 3º E 4º CICLOS
                   COORDENAÇÃO TÉCNICA PEDAGÓGICA DE HISTÓRIA

PAUTA DE FORMAÇÃO


Data: 03 de outubro de 2012
Horário: 07h30min às 10h30
Local: CEUP.
Duração: 03h00min.
Público: Professores de História da rede municipal de ensino.
Formador: Coordenador Técnico Pedagógico de História da Divisão de Ensino de 3º e 4º ciclos.
 
Tema: “Educação com Qualidade Social”.

OBJETIVOS DE FORMAÇÃO:
  • Colocar em discussão a importância da leitura, ampliando o repertório literário a partir de bons textos;
  • Colocar em discussão as práticas em sala de aula;
  • Dar continuidade aos estudos dos procedimentos de leitura e escrita;
  • Socializar materiais digitais para dinamização das aulas de história.



OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  • Reconhecer a importância da leitura como instrumento de ampliação do conhecimento;
  • Enfatizar que a aprendizagem dos alunos (as) é o principal objetivo das aulas, portanto devemos sempre procurar estratégias que nos levem a esse objetivo;
  • Compreender a relação entre os diferentes gêneros de texto e de linguagem e a construção de procedimentos didáticos de leitura e escrita no ensino de História;
  • Apresentar e discutir com o grupo alguns vídeos, slides, textos e atividades que podem de fato contribuir com o sucesso das aulas de História.







CONTEÚDOS:
  • Gestão pedagógica com foco na importância da leitura como instrumento de aprendizagem;
  • Gestão pedagógica com foco nas práticas em sala de aula, em beneficio da aprendizagem;


MATERIAIS:
·         Texto e vídeo da música: “Canto das três raças” (Mauro Duarte / Paulo César Pinheiro);
·         Textos do referencial de expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora: caderno de orientação didática de História / Secretaria Municipal de Educação – São Paulo: SME / DOT, 2006;
·         Músicas, vídeos e slides relacionados aos conteúdos do 4º semestre;
  • Lista de frequência;
  • Datashow, notebook, caixas amplificadas e suplementos periféricos.


DESENVOLVIMENTO:

1ª Atividade:
- Boas vindas, apresentação dos objetivos da pauta e leitura do roteiro.

2ª Atividade:
- Leitura e apresentação do vídeo: “Canto das três raças” (Mauro Duarte / Paulo César Pinheiro);

Nota: Em seguida, colocaremos em discussão a letra da música e de que forma podemos trabalha-la nas salas de aula.

Questões Norteadoras: Qual a importância do momento da leitura nas aulas de História? Como selecionamos os textos? Incentivamos os nossos alunos a praticarem a leitura? De que forma realizamos a leitura em sala? Temos prazer em ler ou só cumprimos os encaminhamentos da Rede?


3ª Atividade:
- Colocar em discussão a importância dos planejamentos e da diversificação das aulas, como subsídios para a aprendizagem dos alunos.

Nota: Reforçar a importância da avaliação como instrumento de acompanhamento do desenvolvimento das aprendizagens, o pré-conselho e conselho de classe. O que esta planejado para o 4º bimestre? Os conceitos PP, PR e PM que aprendizagens representam? De que forma será feita a retomada dos conteúdos em déficit de aprendizagem?

Nota: Após a discussão, solicitar aos grupos que tragam na próxima formação exemplos de atividades de leitura, realizados em sala de aula, envolvendo cada um dos gêneros trabalhados, para socialização com todo o grupo e registro das mesmas.

4ª Atividade:
- Continuidade do estudo dos procedimentos de leitura e escrita.

Nota: No esforço de pensar a relação entre os diferentes gêneros de texto e de linguagem e a construção de procedimentos didáticos de leitura e escrita no ensino de História, apresentar reflexões, propostas, exemplos, relatos e descrições de estratégias (e seus fundamentos) que podem ser avaliados e utilizados como referências para seu desenvolvimento em sala de aula.


5º Atividade:
- Socialização de materiais digitais para dinamização das aulas de História.

Nota: Apresentar e discutir sobre a devida utilização do material como instrumento de apoio aos professores (as).

6ª Atividade:
Avaliação do Encontro e Agradecimentos.

Questionamentos: Diante das discussões que tivemos qual foi o propósito desta Formação? Que conteúdos foram trabalhados? Os objetivos foram alcançados? Vai contribuir para sua prática em sala de aula?

à Agradecer aos Professores pela participação, compromisso e dedicação.

ENCAMINHAMENTOS:
1-    Incentivar a regularidade da leitura na disciplina de História;
2-    Parabenizar os envolvidos na 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (exibir as fotos da entrega dos certificados);
3-    Fortalecer junto aos professores a importância do Planejamento;
4-    Desenvolver atividades que contribuam de fato com a aprendizagem dos alunos no processo avaliativo;
5-    Incentivar os professores a acessarem mais o blog de História e falar sobre a sua importância.

INFORMES:
1- Próxima Formação Continuada de História será dia 07/11/2012;

Canto das Três Raças - Clara Nunes Compositores: Mauro Duarte / Paulo César Pinheiro


Ninguém ouviu
Um soluçar de dor no canto do Brasil
Um lamento triste sempre ecoou
Desde que o ÍNDIO guerreiro foi pro cativeiro e de lá cantou

NEGRO entoou
Um canto de revolta pelos ares
Do Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou

Fora a luta dos INCONFIDENTES
Pela quebra das correntes, nada adiantou
E de guerra em paz, de paz em guerra
Todo povo dessa terra quando pode cantar
Canta de dor

E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dor

Paulo César Francisco Pinheiro (Rio de Janeiro, 28 de abril de 1949) é compositor e poeta brasileiro.
   Já no final da década de 1960, começou a destacar-se como letrista estabelecendo parcerias com Baden Powell, principalmente na voz de Elis Regina.
   Outras intérpretes marcantes foram Elizeth Cardoso, Simone e Clara Nunes, com quem foi casado, e os conjuntos MPB-4 e Quarteto em Cy. Paulo César Pinheiro apresenta em suas composições uma grande variedade de parceiros, como João de Aquino, Francis Hime, Dori Caymmi, Antônio Carlos Jobim, Ivan Lins, Edu Lobo, Mauro Duarte, João Nogueira, Guinga, Toquinho, Eduardo Gudin e Maria Bethânia. Em 2002, foi premiado, juntamente com Dori Caymmi, com um Grammy Latino na categoria de "Melhor Canção Brasileira". No ano seguinte ganhou o Prêmio Shell pelo CD O Lamento do Samba.

Mauro Duarte de Oliveira, (Matias Barbosa-MG, 2 de junho de 1930 - Rio de Janeiro-RJ, 26 de agosto de 1989) foi um cantor e compositor de samba brasileiro. Além de compositor, ganhou a vida como ourives e bancário.
   Começou a compor por volta dos dez anos de idade, quando se mudou com a família de Minas Gerais para o Rio de Janeiro. Foi pianista autodidata na infância. Aos 15 anos, passou a ter contato com o samba através do carnaval de rua do bairro de Botafogo, onde morava, nos blocos do Jerico, Funil de Botafogo e Gaviões e freqüentando as escolas de samba São Clemente e Estrela de Botafogo.
   Seu primeiro sucesso comercial como compositor veio em 1974 com "Menino Deus" (em parceria com Paulo Cesar Pinheiro) na voz de Clara Nunes. Outras composições marcantes foram "Canto das Três Raças" (1976) e "Portela na Avenida" (1981) - ambas com Paulo Cesar Pinheiro e também gravadas por Clara Nunes.

Procedimentos didáticos com diferentes linguagens e gêneros de texto



     No esforço de pensar a relação entre os diferentes gêneros de texto e de linguagem e a construção de procedimentos didáticos de leitura e escrita no ensino de História, este material apresenta reflexões, propostas, exemplos, relatos e descrições de estratégias (e seus fundamentos) que podem ser avaliados e utilizados como referências para seu desenvolvimento em sala de aula.

Charge e caricatura
O humor visual é um relevante meio de observar a realidade. Assim, a charge e a caricatura têm papel fundamental e decisivo no espaço jornalístico. Não têm a precisão e o detalhamento da reportagem e muito menos do ensaio das ciências sociais, mas atingem o leitor com rapidez e agudeza. Podem ter impacto comparável ao de um bom artigo e, em geral, podem ser transmissoras da voz da opinião pública.
Ambas são importantes instrumentos de expressão cultural e de pensamentos. Ridicularizam o comportamento político dos “donos do poder” ou de outros segmentos sociais e remetem a um conjunto de informações da dimensão da cultura popular e de massa. Envolvem os leitores em um processo lúdico e os instiga a observar com outro olhar seu cotidiano, sempre com algum acréscimo.
A charge e a caricatura oferecem a possibilidade de analisar a história social, política, artística etc.
O Dicionário Aurélio (FERREIRA, 1995, p. 130 e 145) contém as seguintes definições: Caricatura. S. f. Desenho que, pelo traço, pela escolha dos detalhes, acentua ou revela aspectos caricatos de pessoa ou fato. Charge. S. f. Representação pictórica, de caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato específico, em geral de caráter político e que é do conhecimento público”.
Uma importante contribuição para o estudo dessa dimensão lúdica e do riso é a obra Raízes do riso, de Elias Thomé Saliba, que aborda a representação humorística brasileira durante a belle époque e nos primeiros tempos do rádio. Segundo o autor, “o humor não é um estado de espírito, mas uma visão de mundo” (SALIBA, 2002, p. 15).
Como exemplos de trabalho pedagógico com a caricatura e a charge, são apresentados dois desenhos a respeito do médico Oswaldo Cruz publicados anos antes da Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro, em 1910.

Guilherme Tela de Arame – O mais extraordinário caçador de... Mosquitos. (J. Carlos, Tagarela, 12 mar. 1904. Ver FALCÃO, 1972, p. lxviii).


A varíola e a vacina. Oswaldo Cruz: Retira-te, em nome da ciência! Varíola: Que ciência! A de Jenner? Conheço-a há 85 anos e ainda anda de carro de boi no Brasil, ao passo que eu já ando de automóvel!... Cresça e apareça! (O Malho, 1o fev. 1908. Ver FALC ÃO, 1972, p. ccvi. Citado por LOPES, 1999).

Onde está o humor nessas imagens? Conseguimos rir com o que representam? Para o historiador Robert Darton (1986, p. XV), “quando não conseguimos entender um provérbio, uma piada, um ritual ou um poema,
temos a certeza de que encontramos algo. Analisando o documento onde ele é mais opaco, talvez se consiga descobrir um sistema de significados estranhos. O fio pode até conduzir a uma pitoresca e maravilhosa visão de mundo”.
Que visão de mundo essas imagens transmitem ao leitor? É difícil interpretar caricaturas e charges do passado, pelo fato de o leitor pertencer a outro tempo e não necessariamente conhecer os personagens retratados. Para identificar o humor nessas imagens, é preciso saber quem eram eles, dominar informações
históricas e reconhecer quais foram as intervenções dos humoristas. Na caricatura, por exemplo, uma vez que são os exageros que provocam o riso, o leitor precisa identificar qual era a referência social ou política do personagem no passado, para entender o que o humorista salientou em seu desenho. Como afirma Bakhtin (1987, p. 18), “o riso degrada e materializa”.
A idéia da degradação é interpretada por Bakhtin como valor positivo, porque possibilita renovar a imagem, criar um novo sentido – provoca uma leitura mais livre dos valores determinados socialmente, sem deixar de fazer referência a eles.
O riso só aflora se o leitor do presente reconhecer na caricatura a dimensão material, humanizada, degradada, construída para ela.
Para a leitura de caricaturas no trabalho com os estudantes, sugere-se, inicialmente, sondar se sabem o que são e/ou se costumam lidar com elas. Por exemplo, apresentar uma caricatura e questionar: o que vocês estão vendo? Isso é um retrato ou não? Se não é um retrato, que tipo de desenho é esse?
Depois de chamar a atenção para o tipo de desenho, é interessante mostrar a eles outras caricaturas, principalmente de pessoas que possam reconhecer (político, jogador de futebol, ator famoso), perguntando o que os desenhos têm de semelhante com o primeiro. A idéia, aqui, é explorar as características do desenho de caricatura, salientando os exageros.
No caso específico da primeira imagem, é possível fazer perguntas diretas: quem é essa pessoa? Por que a cabeça está maior do que o corpo? Podemos descobrir alguma informação com uma legenda? Qual seria a legenda desse desenho? Apresentar a legenda e ler com os alunos – “Guilherme Tela de Arame. O mais extraordinário caçador de... Mosquitos” – e questionar: será que o nome da pessoa retratada é esse “Guilherme Tela de Arame”? Por quê? Vocês já ouviram falar em Guilherme Tell? Sabem quem foi? Esse é um desenho dele ou não?
Para dar continuidade ao trabalho, pode-se ainda levar uma enciclopédia para a sala de aula para que os alunos conheçam quem foi Guilherme Tell e, depois, perguntar-lhes se, pela biografia, a caricatura está se referindo a ele ou não. Discutir, então, que não se trata de Guilherme Tell e questionar por que, na legenda, o nome dele foi modificado para “Tela de Arame” e por que virou caçador de mosquitos. Nessa linha, muitas observações e hipóteses podem ser provocadas: quem será que caça mosquitos? O que a pessoa do desenho está fazendo? Como está vestida? Qual a profissão dela? Ela é de outra época? Como podemos descobrir quem é e qual sua época?
Os questionamentos instigam pesquisas, que podem ser feitas no próprio livro didático, tomando como referência a data da caricatura (1904): o que estava acontecendo no Brasil no contexto daquela época?
No livro didático, é possível obter informações sobre Oswaldo Cruz e a Revolta da Vacina. Nesse caso, o objetivo é ler um texto para entender uma imagem. E, aí, já com os dados da época, o debate pode girar em torno das intenções do autor da caricatura: por que o desenhista fez uma caricatura de Oswaldo Cruz? Como provocou, com ela, o riso nos leitores de 1904? O que ele quis dizer? Por que colocou aquela legenda? Quem
eram as pessoas leitoras desse desenho? Quando elas o observaram, o que entenderam, pensaram, imaginaram? E o que podemos pensar hoje em dia vendo a caricatura? Entendemos o riso que ela queria despertar quando foi feita? Esse é um documento histórico? Por quê?
No desenvolvimento do trabalho, sugere-se confrontar as especulações e hipóteses dos alunos com o texto da autora que estudou essa caricatura:
“J. Carlos criou o personagem ‘Guilherme Tela de Arame’, cujo nome nos envia a três referências distintas: a palavra ‘Tela’, aos mosquiteiros; ‘de Arame’, a uma gíria do português que significa dinheiro; e à maleabilidade do arame em analogia ao bigode bem penteado do dr. Oswaldo Cruz.
A justaposição desses dois personagens faz-se perceptível em três níveis. O primeiro nível diz respeito à sonoridade do nome do personagem histórico, ‘Guilherme Tell’. J. Carlos constrói um trocadilho batizando o dr. Oswaldo Cruz de Guilherme Tela, relacionando o nome ‘Tela’ à escolha de um aspecto constitutivo do personagem a ser trabalhado – uma especialidade dos caricaturistas – que, no caso do dr. Oswaldo Cruz, é um elemento do seu rosto, o bigode, denominado de arame. Dessa forma, chegamos à composição da alcunha ‘Guilherme Tela de Arame’. O segundo nível concerne à característica de caçador, atribuída ao representado. O caçador é o homem que dissimula sua presença até o momento em que esteja pronto para abater a caça. Ele deve confundir-se com a paisagem a sua volta. As caricaturas da época exploravam as cenas em que o dr. Oswaldo Cruz e sua brigada iam à caça dos ratos e dos mosquitos, os causadores da peste e da febre amarela, respectivamente. Os desenhistas provocam o riso dos leitores com a encenação do pânico
em face dos pequenos animais. Os caricaturistas exploram o contraste. De um lado, a pequenez dos agentes causadores das doenças e, de outro, a grande quantidade de dinheiro dispensada e o dispositivo logístico erguido para combatê-los. Um fuzil de caça traçado no desenho, mais um ponto de suspensão (sinal de pontuação indicado por três pontos) após a palavra ‘caçador’, induz o leitor à ironia intencional da mensagem. O terceiro nível situa-se no elemento cruz, símbolo que, por sua vez, nos envia a outras três referências. De imediato, o associamos ao país de origem de Guilherme Tell: a cruz figura nas armas suíças e simboliza a Cruz Vermelha Internacional, instituição que se origina em Genebra, em 1864. Em segundo plano, traçando uma referência mais abrangente, a cruz é o emblema da saúde, que aparece também nos capacetes da brigada sanitária do dr. Oswaldo Cruz. Na caricatura, a cruz surge por todos os lados: no traje, no boné, no colete, no tórax e na cintura de Guilherme Tela de Arame” (LOPES, 1999).
Nesse exercício de interpretação, é importante não esquecer a dimensão política da caricatura, já que o personagem representa uma ação do Estado brasileiro no combate à varíola, que se confronta com o universo cultural da população.
Como desdobramento da leitura da caricatura, é possível elaborar textos com os estudantes a respeito do que é uma caricatura, como interpretar caricaturas de outras épocas, o que nelas provocam o riso, como interpretar especificamente a caricatura de Oswaldo Cruz e se as caricaturas permitem estudar o passado.
Para a leitura da charge (segunda imagem), podem ser realizados questionamentos semelhantes, que instiguem os estudantes a expor seus conhecimentos prévios sobre as charges, a observar e colher informações diretamente da imagem e depois confrontar suas hipóteses com outras fontes de informação. Sugere-se, por exemplo, que sejam discutidas as características das charges, qual a intenção dos autores ao criá-las, como é importante procurar informações sobre a autoria e a época para o entendimento do “riso” proposto.
No caso da segunda imagem, é interessante abordar a relação entre o título e o desenho, como a leitura da legenda ajuda a desvendar os personagens, como a varíola e Oswaldo Cruz estão representados, por que Oswaldo Cruz aparece menor que a varíola, assim como pesquisar sobre a varíola, epidemias da doença no Brasil, a medicina na época etc. No final, é importante recuperar a questão do riso e as razões que dificultam
nosso entendimento rápido do humor de outra época.




Referencial de expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora: caderno de orientação didática de História / Secretaria Municipal de Educação – São Paulo: SME / DOT, 2006.