segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PAUTA DE FORMAÇÃO 16 de Setembro

PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED
DIRETORIA TÉCNICA PEDAGÓGICA
DIVISÃO DE ENSINO DE 3º E 4º CICLOS
ENSINO RELIGIOSO e HISTÓRIA

PAUTA DE FORMAÇÃO


Data: 16 de Setembro de 2011.
Horário: 08h00 às 12h00 e 14h00 às 18h00.
Local: Escolas Paulo Fonteles e Eduardo Angelim.
Duração: 04 h.
Público: Professores da rede municipal de ensino.
Formadores: Coordenadores Técnicos Pedagógicos da Divisão de Ensino de 3º e 4º ciclos.


Tema: “Ensinar exige regularidade nas ações”.

OBJETIVOS DE FORMAÇÃO:

  • Ampliar o repertório literário a partir de bons textos;
  • Fortalecer a concepção de avaliação;
  • Possibilitar a discussão do encerramento do I e II bimestre;
  • Apresentar os gráficos de resultados do I e II bimestre;
  • Socializar ações realizadas em sala de aula;
  • Discutir a importância do livro didático.

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM:

  • Reconhecer a importância da leitura como instrumento de ampliação do conhecimento;
  • Compreender a importância da diversificação dos instrumentos avaliativos;
  • Compreender a leitura dos gráficos a fim de avançar nas estratégias de ensino aprendizagem;
  • Compreender a importância do Conselho de Classe como estrutura de avaliação e construção de estratégias que permitam o avanço dos discentes;
  • Reconhecer a importância dos Pareceres como instrumentos de observação das competências;
  • Compreender que o livro didático é mais um suporte de apoio didático.

CONTEÚDOS:

  • Gestão pedagógica com foco: no encerramento do III bimestre.
  • Gestão pedagógica com foco: nos pareceres e Instrumentos avaliativos;
  • Gestão pedagógica com foco: Análise dos resultados do I e II bimestre;
  • Gestão pedagógica com foco: Uso adequado do livro didático.





MATERIAIS:

  • Texto: “A Observação” (portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja_caderno3.pdf)
  • Gráficos dos resultados do I e II bimestre;
  • Data show;
  • Lista de acompanhamento de professores de Ensino Religioso;
  • Lista de frequência.

DESENVOLVIMENTO:

1ª Atividade:
- Boas vindas e leitura do roteiro.

2ª Atividade:
  • Leitura de texto: “A Observação” (portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja_caderno3.pdf)
Nota: Discussão e reflexão a cerca do texto.

3ª Atividade:
- Apresentação dos gráficos de resultados do I e II bimestre (Ensino Religioso/História) e discussão a cerca desses resultados.
Questões norteadoras:
·         Os resultados estão satisfatórios?
·         O que vemos nos gráficos é o real? (aprendizagem x conceitos)
·         Houve aplicação de instrumentos avaliativos diversificada?
·         De posse desses resultados, o que podemos fazer para nos aproximarmos das metas da rede?

Nota:
Discutir como os professores estão utilizando os Pareceres.
·         Têm copia dos mesmos?
·         É possível avaliar todas as competências?

Discussão sobre o Conselho de Classe.
·         Como está acontecendo na prática o conselho de classe nas escolas?
·         Discutir a verdadeira função do Pré – Conselho e Conselho de Classe (Resolução 18 de 16 de Dezembro de 2010).




4ª Atividade: Socialização de atividades de Ensino Religioso e História, realizadas em sala de aula e discussão sobre a mesma.        
Nota:
Neste momento o Professor Sandro, da Escola Primavera II e a Professora Jucilene da Escola Benedicto Monteiro, irão expor atividades realizadas nas escolas.
·         Levantar questionamento de como os alunos participaram e como a atividade foi avaliada.
·         Socializar sugestão de atividade de História do Projeto: “Música nas aulas de História”.
                                  

5ª Atividade: Discussão sobre o uso adequado do livro didático.
Questões norteadoras:
Qual a sua análise sobre o uso do livro didático na sua prática pedagógica? Como você utiliza os textos, gravuras e outras informações nele contidas? O livro didático que você utiliza em sala de aula é satisfatório do ponto de vista conceitual? Qual a metodologia de ensino nele proposta? E os exercícios, evitam a transcrição de texto? O livro previne preconceitos e evita estereótipos diversos de acordo com a nossa proposta de rede? 


6ª Atividade: Montar um quadro demonstrativo, listando as principais dificuldades relatadas pelos professores, e as possíveis ações.
Nota: Registrar todas as falas.


Encaminhamentos:
  • Manter estreito contato com os Técnicos de área;
  • Manter a regularidade no planejamento e avaliação da aprendizagem dos alunos;
  • Convidar a visitar o Blog da Divisão: divisao3e4ciclos.blogspot.com;
·         Convidar para o 2º Curso de formação de professores de Ensino Religioso. Data provável 12 de novembro, local: “Espaço Pedagógico das 8:H as 12H;
·         Verificar quem se escreveu nas olimpíadas de História (www.unicamp.br), para oferecermos o devido apoio técnico;
·         Combinar com o grupo quem vai fazer a tematização da prática no próximo encontro;
·         Comunicar ao grupo a atual situação do projeto: “Nossa Videoteca”.


A Observação


Nas ilusões que vimos, a dificuldade parece estar apenas nos nossos olhos.
Mas nem sempre é assim. Às vezes, nos deixamos influenciar pelas
expectativas que temos em relação ao que vai ser visto.
A observação não é um fato facilmente realizável. É também uma das formas
mais tradicionais para se chegar ao conhecimento.
Nela não entram apenas as imagens do que nossos olhos conseguem ver, há
uma outra parte, muito importante, constituída pelo nosso cérebro e que
depende da nossa cultura, conhecimento, expectativas etc.
Observar é uma coisa, ver ou enxergar é outra bem diferente.  Quem vê teve
que aprender a ver, a interpretar o que estava sendo observado.
Quantos de nós seriam capazes de enxergar os problemas diagnosticados por
um médico, a partir de uma radiografia? Quantos “veriam” pequenos deslizes
de um músico na execução de uma sinfonia?
Esses são exemplos de como o entendimento ou a verificação percebida
pelos sentidos de um observador depende de conhecimentos que orientam os
fatos observados.
Da mesma forma podemos encontrar diferentes visões em relação a
observação de um mesmo objeto, como uma sala de aula e as diferentes
práticas desenvolvidas nela.
AJUDA NA OBSERVAÇÃO
Para um bom exercício de observar, vale a pena:

 ter um caderno com algumas páginas dedicadas aos alunos.



Nele serão anotados os fatos significativos que caracterizam a forma de
aprender, de conviver dos mesmos, com as datas das observações.
 dar atenção às perguntas feitas pelos alunos. Elas sempre tem um sentido



para quem pergunta.
 em algumas situações onde o fazer pode dizer mais que o falar ou



escrever, é interessante se valer de outras linguagens para apresentar
questões significativas para o grupo. O desenho, as dramatizações, os
painéis são bons exemplos destas linguagens.

O REGISTRO
Uma das formas que temos para ir sempre aprendendo mais e melhor é
pensar. Mas, o pensar que ajuda a aprender não é um pensar qualquer, solto
sem uma direção e sem compromisso. É um pensar organizado, um pensar
que pergunta e vai atrás das respostas.
Dizia o grande educador brasileiro, Paulo Freire, que a gente pensa melhor
quando pensa a partir do que faz, da prática.
Mas, pensar sobre a prática sem registrá-la tem muitas limitações. O
pensamento acaba se tornando mais uma lembrança, e por ficar só na oralidade,
perde a possibilidade de ser repensado e revisto. O registro escrito 
mostra o pensamento de seu autor. O próprio ato de escrever já leva o(a)
professor(a) a um certo distanciamento do seu fazer, dando-lhe um olhar mais
amplo e facilitando a escrita do seu pensamento. 
Além disso, como toda escrita, o texto pode ser revisto, ter algumas das suas
idéias aprofundadas e outras  corrigidas.
Tudo isso faz com que o(a) professor(a) ao registrar suas reflexões vá se
tornando autor(a) do que pensa e, em conseqüência, autor(a) do seu jeito de
fazer.
Quando isso não ocorre, ele(a) está destinado(a) a ser um(a) copista da teoria

O Uso Adequado do Livro Didático

Numa pesquisa nacional sobre 50 temas estratégicos mais importantes, buscando-se medir a
percepção da sociedade com relação ao nosso futuro, os resultados indicaram, a "melhoria da
qualidade da educação básica do Brasil" como o principal anseio da população. É um anseio
de caráter inovador, que aponta para a construção de um futuro promissor para o Brasil, ao
destacar o conhecimento como o fator propulsor do desenvolvimento de um país. Sem dúvida,
a   qualidade   da   educação   básica   é   uma   necessidade   premente.  Os   avanços   no   acesso   à
educação, a redução das taxas de evasão e o aumento no número de matrículas não impediram
que o Brasil  ocupasse um dos últimos  lugares na pesquisa mundial  sobre desempenho de
estudantes do Programa Internacional de Avaliação de Alunos – PISA –, da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. Melhorar a educação básica significa
definir o conhecimento como a questão central da sociedade, valorizar a escola e o professor,
aprimorar as condições de ensino e oferecer facilidades para que alunos e professores possam
se dedicar com prazer à tarefa de construção e utilização do conhecimento. E, na busca de
soluções para a melhoria do ensino básico, qual é a contribuição do livro didático?
Um bom projeto educacional exige um professor atuante, com uma prática que se apropria da
realidade   como   instrumento   pedagógico   e   que   utiliza   os  materiais   didáticos   disponíveis,
incluindo o livro didático,  de forma apropriada e devidamente contextualizada no processo
ensino-aprendizagem. Muitas vezes o livro didático é a única referência para o trabalho do
professor, passando a assumir até mesmo o papel de currículo e de definidor das estratégias de
ensino. O livro torna-se assim um importante suporte de conhecimentos e de métodos para o
ensino,   servindo   como   orientação   para   as   atividades   de   produção   e   reprodução   de
conhecimento. Portanto, os livros didáticos não podem veicular preconceitos e estereótipos,
nem  conter   informações   erradas   ou   desatualizadas.  E,   evidentemente,   devem  respeitar   a
legislação vigente,  como o Estatuto da Criança e do Adolescente ou a Lei  de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394/96 – que preconiza como princípios do ensino a
“liberdade de aprender,  ensinar,  pesquisar  e divulgar  a cultura,  o pensamento,  a arte e o
saber”,  o  “pluralismo de  idéias   e de concepções  pedagógicas”,  o  “respeito  à  liberdade  e
apreço à tolerância”, a “garantia do padrão de qualidade”, a “valorização da experiência extra-
escolar” e a “vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”. Os livros
didáticos devem favorecer o diálogo,  o respeito e a convivência,  possibilitando a alunos e
professores o acesso a informações corretas e necessárias ao crescimento pessoal, intelectual e
social dos atores envolvidos no processo educativo.
O MEC  tem procurado  um  aprimoramento  e  melhoria   da  qualidade  dos   livros  didáticos
através  do processo de avaliação e distribuição do PNLD – Programa Nacional  do Livro
Didático. O livro didático também tem sido objeto de constante debate e pesquisa no meio
acadêmico. Como resultado se espera livros cada vez mais próximos das demandas sociais e
coerentes com as práticas educativas autônomas dos professores.  Entretanto,  o universo de
referências do professor e do aluno não pode esgotar-se no uso restrito do livro didático. O
livro   deve   contribuir   para   que   o   professor   organize   sua   prática   e   fornecer   sugestões   de
aprofundamento das concepções pedagógicas desenvolvidas na escola. O livro deve oferecer
uma orientação para que o professor busque, de forma autônoma, outras fontes e experiências
para complementar seu  trabalho.  Deve garantir ao professor  liberdade de escolha e espaço
para que ele possa agregar ao seu trabalho outros instrumentos. E o professor não pode se
transformar em refém do livro, imaginando encontrar ali todo o saber verdadeiro e a narrativa
ideal.  Sim,   pois   o   livro   é   também  instrumento   de   transmissão   de   valores   ideológicos   e
culturais,  que pretendem garantir  o discurso supostamente verdadeiro dos autores.  Em um
processo pouco dinâmico como o que se estabelece no sistema tradicional de ensino, cria-se
um círculo vicioso:  o professor  torna-se um reprodutor  desses mitos e  imagens errôneas e
passa,  ele  também,  a acreditar  neles.  Para construir  uma opinião própria e  independente é
importante a leitura de textos complementares, revistas especializadas e livros disponíveis na
biblioteca da escola,  da cidade,  dos  alunos,  dos  amigos,  etc.  Todos  os   livros  apresentam
problemas e o professor deve estar sempre atento para trabalhar eventuais incorreções.

Antônio Carlos Pavão