segunda-feira, 30 de maio de 2011

Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês!

Leitores do DC Online são contra a divisão do Estado do Pará



O Diário do Congresso realizou na última semana uma enquete sobre o desmembramento
do Pará com a criação de mais outros dois Estados: Carajás e Tapajós. Questionados se são a favor ou não da divisão e dos custos que ela acarretará (cerca de R$ 5 bilhões por ano segundo o economista do Ipea, Rogério Boueri), caso o plebiscito seja aprovado, a maioria dos eleitores do DC Online, exatamente 67,74% responderam que são contra.
29,03% votaram que são a favor e apenas 3,23% disseram na ter opinião a respeito do assunto.
Entre os comentários, um leitor contrário à divisão escreveu:  “Antes de se pensar em dividir essas áreas, teria que ter uma intervenção federal mais forte pra eliminar a elite mandante. Porque enquanto os “coronéis” da região continuarem no poder, podem dividir a região em 800 partes que os problemas vão continuar.”

Câmara aprova plebiscito para divisão do Pará
A Câmara dos Deputados aprovou no último dia 05 de maio, em votação simbólica, a realização de plebiscito para a criação dos Estados de Carajás e Tapajós. Pela proposta, os dois novos Estados serão desmembrados do Pará, caso a população vote a favor da criação.
O decreto legislativo para o plebiscito sobre Carajás já vai ser promulgado. O plebiscito para Tapajós ainda precisa ser novamente apreciado pelos senadores, porque houve uma pequena alteração no texto. Pela proposta, o plebiscito será realizado daqui a seis meses.
Se forem criados, os Estados de Carajás e Tapajós serão economicamente inviáveis e dependerão de ajuda federal para arcar com as novas estruturas de administração pública que precisarão ser instaladas, segundo o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rogério Boueri.
Prefeitos das cidades que passariam a ser capitais, na hipótese de aprovada a divisão do Pará, defendem a criação dos Estados. Eles apontam a distância da capital e a consequente ausência do governo estadual como os motivos para a divisão do Estado.
O economista Rogério Boueri fez cálculos, considerou os dados mais recentes disponíveis, referentes a 2008, e concluiu que os Estados do Tapajós e de Carajás teriam, respectivamente, um custo de manutenção de R$ 2,2 bilhões e R$ 2,9 bilhões ao ano. Diante da arrecadação projetada para as duas novas unidades, os custos resultariam em um déficit de R$ 2,16 bilhões, somando ambos, a ser coberto pelo governo federal.
O PIB do Pará em 2008, ressaltou o economista, foi de R$ 58,5 bilhões, e o Estado gastou 16% disso com a manutenção da máquina pública. Tapajós gastaria cerca de 51% do PIB e Carajás, 23%. A média nacional é de 12,72%. “Nessas bases, não tem Unidade da Federação que se sustente”, afirma Boueri.
A estimativa não leva em conta os altos investimentos envolvidos na criação de Estados, lembra o pesquisador, como a construção de edifícios públicos e, no caso do interior do Pará, a necessidade de implantar infraestrutura. Para Boueri, Tapajós e Carajás “serão Estados de boca aberta, esperando o dinheiro do governo federal”.
Com informações da Agência Câmara e Portal G1

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